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Materias na const. civil

MATERIAIS EMPREGADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

 

 

Metais

 

Os metais usados na arquitetura são o aço e o alumínio. Este dá forma a esquadrias, coberturas e fachadas, não sendo utilizado como elemento estrutural em função de seu custo elevado e de sua baixa capacidade de sustentação. Já o aço, além de esquadrias em geral, pode estar presente também na estrutura, seja na forma de vergalhões (o esqueleto do concreto armado) ou como colunas, pilares e vigas que podem ou não ser combinadas com alvenaria ou concreto.

Em geral, o que chamamos de ferro é na verdade aço. O ferro não tem resistência mecânica e é usado em grades, portões e guarda-corpos decorativos em que se aproveita a plasticidade do material, trabalhado no estado líquido, permitindo a modelagem de desenhos ricamente detalhados. Como acabamento, a alternativa mais prática é a pintura a óleo ou com esmalte acrílico.

Já o aço é empregado quando a responsabilidade estrutural entra em jogo. São três as qualidades de aço disponíveis no mercado: o carbono, o cortain e o galvanizado. A diferença entre eles está no tratamento anticorrosivo de cada um, que determina também a função a que estão aptos. Assim, para o aço carbono (ou comum), comercializado sem qualquer tratamento contra ferrugem, indica-se fazer a aplicação de uma solução fosfatizante, à venda em lojas de material de pintura. Sobre este preparo, deve-se aplicar o zarcão, sendo que o ideal é o à base de dióxido de chumbo. Porém, como esse produto é muito mais caro, os zarcões à base de dióxido de ferro também constituem uma boa alternativa. Para completar o acabamento, é só aplicar a tinta de preferência. Qualquer pequeno sinal de ferrugem deve ser tratado imediatamente pois por trás dele, sob a tinta, pode haver um enorme rombo. Mais resistente, o aço galvanizado possui a mesma composição química do carbono mas é revestido por uma camada de zinco. É usado especialmente em calhas para coleta d'água e alguns tipos de tubulação. Aceita pintura desde que seja aplicado um fundo que permita a aderência da tinta.

O aço do tipo cortain é pouco mais caro que o aço comum. Mais bonito, com aspecto patinado, envelhecido e cor acobreada, ele pode ser deixado aparente ou receber apenas pintura decorativa. Dispensa o uso de produtos protetores, a não ser quando localizado no litoral, onde está sujeito à ação da maresia. Mesmo assim, ele sofre apenas 1/3 da corrosão provocada no aço comum pelas mesmas condições. Nas áreas rurais e urbanas, o cortain dispensa tratamentos anticorrosivos. Porém, deve-se tomar cuidado com frestas e locais onde possa haver grande concentração de água, como floreiras. A resistência e a aparência desse produto são resultado de sua superfície oxidada e impermeável, que veda a entrada de umidade e impede o avanço da ferrugem.

A principal qualidade do alumínio está ligada ao fato de ele não enferrujar e, portanto, estar livre de problemas com a umidade e maresia. Por isso, este material é muito utilizado em esquadrias, portas, portões e grades dispensando tratamentos especiais, mesmo no litoral. A indústria desenvolveu processos como a anodização que imprime cores diferentes ao metal naturalmente prateado, sem alterar a sua aparência original, além de conferir maior resistência às intempéries. Assim, hoje em dia é possível encontrar o alumínio anodizado em diversas cores, sendo as mais comuns o preto e o bronze. Há também a pintura eletrostática, que cobre o material com uma camada colorida. Amarelo, vermelho, verde e azul são algumas das inúmeras opções. A pintura comum pode ser aplicada usando um fundo para pintar metal, o que dá suporte à tinta.

Tão resistente à ação do tempo, o alumínio se torna frágil quando materiais alcalinos - cimento, cal e derivados como argamassas, massa fina etc - se aproximam. Em situações de construção e reforma as peças de alumínio devem ser protegidas da corrosão causada por esses produtos. Para isso, devem ser cobertas por plásticos ou películas protetoras aderentes disponíveis no mercado.

 

 

O Concreto

   

O concreto é um material da construção civil composto por uma mistura de cimento, areia, pedras britadas e água, além de outros materiais eventuais, os aditivos.

Quando armado com ferragens passivas, (é quando o concreto comum é adicionado de vigas de aço) recebe o nome de concreto armado, e quando for armado com ferragens ativas recebe o nome de concreto protendido.

Sua resistência e durabilidade dependem da proporção entre os materiais que o constituem. A mistura entre os materiais constituintes é chamada de dosagem.

Para obtenção de um bom concreto de acordo com sua finalidade, devem ser efetuadas com perfeição as operações básicas de produção do material, que influem nas propriedades do concreto endurecido.

Use pedra e areia limpas (sem argila ou barro), sem materiais orgânicos (como raízes, folhas, gravetos etc.) e sem grãos que esfarelam quando apertados entre os dedos. O cimento deve ser de boa qualidade. A água também deve ser limpa (boa para beber).

É muito importante que a quantidade de água da mistura esteja correta. Tanto o excesso como a falta são prejudiciais ao concreto. Excesso de água diminui a resistência do concreto. Falta de água deixa o concreto cheio de buracos. As britas quando expostas a grande insolação devem ser umedecidas para não alterar o abatimento do concreto.

As operações básicas de produção do concreto:

Dosagem:

Estudo, indicação das proporções e quantificação dos materiais componentes da mistura, afim de obter um concreto com determinadas características previamente estabelecidas.

Mistura:

Dar homogeneidade ao concreto, isto é, fazer com que ele apresente a mesma composição em qualquer ponto de sua massa.

 Transporte:

Levar o concreto do ponto onde foi preparado ao local onde será aplicado, podendo ser dentro da obra ou para ela, quando misturado em usina ou fora dela.

 Lançamento:

Colocação do concreto no local de aplicação, em geral, nas formas.Começa a endurecer apos quatro horas da adição da água.

 Adensamento:

Compactação da massa de concreto, procurando retirar-se dela o maior volume possível de vazios - ganho de resistência.

Usa-se vibrar a massa com vibradores mecânicos, devendo-se evitar o excesso.

A Cura:

Conjunto de medidas com o objetivo de evitar a perda de água (evaporação) pelo concreto nos primeiros dias de idade, água essa necessária para reação com o cimento (hidratação)

.Utilizam-se mantas de feltro molhadas com água. Em climas muito frios aquecem com vapor.

Normalmente a resistência de projeto é atingida após vinte e oito dias da aplicação.

 

 

 Madeira      

 

Ao definir um projeto com madeira é preciso que os arquitetos e os engenheiros envolvidos tenham plenos conhecimentos das propriedades das espécies mais apropriadas, considerando fatores como a localização do empreendimento e os agentes biológicos a que a construção será exposta. Isso é fundamental para evitar futuras deteriorações ocasionadas pela ação do intemperismo e o ataque de fungos e insetos. Dessa forma, é possível determinar o tipo de construção, os detalhes dos sistemas de proteção e os construtivos que irão assegurar a vida útil da edificação. A escolha das espécies mais adequadas deve ser feita de acordo com local e o tipo de obra

Na construção civil essas madeiras podem ser utilizadas de diferentes formas, tanto para usos temporários, como fôrmas para concreto, andaimes e escoramentos, quanto para usos definitivos, como nas estruturas de cobertura, esquadrias (portas e janelas), forros e pisos.

Na construção civil pode-se encontrar peças de madeira serrada na forma de vigas, caibros, pranchas e tábuas utilizadas em estruturas de cobertura, onde tradicionalmente é empregada a peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron). Já as divisórias leves externas e internas reúnem peças de madeira serrada na forma de tábuas e pontaletes, além das ripas e caibros usados em partes secundárias de estruturas de cobertura, como a madeira de pinho-do-paraná (Araucaria angustifolia), muito utilizada durante décadas. Uma outra categoria abrange a madeira serrada e beneficiada para forros, painéis, lambris e guarnições. Também é comum o uso de madeiras leves ou médias em portas e janelas (pinho-do-paraná, cedrinho, ipê), além de madeiras médias ou densas para tacos e assoalhos (ipê, angelim, amendoim, entre outros).

Utilizadas em pontes, viadutos e passarelas, as estruturas de madeira ou mistas de concreto são comuns em vias rurais e urbanas. Normalmente, as construções são executadas com madeiras pesadas e de alta resistência que suportam cargas elevadas como a itaúba, jatobá, cumaru, maçaranduba, angico e o eucalipto citriodora.

 

 

 

 

Pedra

 

O uso de pedras naturais como revestimento de piso muitas vezes está associado à idéia de força e segurança. A escolha da pedra deve ser o resultado da integração da estética com as propriedades tecnológicas e solicitações no uso previsto, com vistas à melhor relação custo-benefício. De acordo com a especialista em rochas ornamentais Eloísa Frasca, do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), os critérios básicos para a escolha da rocha também variam conforme os ambientes internos (domésticos e comerciais) e externos, e levam em conta todas as características técnicas básicas como absorção de água, desgaste superficial e resistência mecânica.

O desgaste abrasivo, cuja primeira evidência é a perda de brilho nas rochas polidas, é importante parâmetro para a escolha do material para revestimento de pisos sujeitos a alto tráfego.

Em locais sujeitos a tráfego intenso, como shoppings centers, e principalmente em declividades ou escadas, também é praticamente obrigatório o uso de material rochoso com acabamento rústico. As rochas ainda podem compor pisos elevados de escritórios, o que facilita a troca de placas.

O coeficiente de dilatação térmica definirá a espessura/largura mínima das juntas, principalmente em revestimentos externos, onde a insolação e conseqüente aquecimento diurno e resfriamento noturno promovem movimentos de dilatação e contração.

A resistência mecânica é um parâmetro a ser especialmente enfocado em locais onde, além de pedestres, também transitam veículos. Rochas com resistências mais baixas deverão ser utilizadas com espessuras maiores.

 

  

PVC      

 

Versatilidade, facilidade de design, durabilidade, baixa manutenção, são algumas das características que fazem com que o PVC conquiste cada vez mais espaço em edificações e obras públicas. Veja abaixo onde ele é  utilizado:

Calhas;

Eletrodutos;

Esquadrias, portas e janelas;

Recobrimentos de fios, cabos elétricos;

Forros e divisórias;

Galpões infláveis e estruturados;

Mantas de impermeabilização;

Persianas e venezianas;

Pisos;

Revestimento de piscinas;

Redes de distribuição de água potável domiciliar e pública;

Redes de saneamento básico domiciliar e público;

Revestimento de paredes (siding e papel de parede).

Esquadrias em pvc

 

 

Ligantes

 

Ligantes são materiais cuja propriedade principal é ganhar presa e endurecer, quando amassados com água, servindo para aglomerar, ligar, unir ou aderir outros materiais de construção como agregado grosso e areia.

Exemplo de ligantes: cal aérea, gesso, cal, alcatrão, asfalto, betume, resina

Gpsite ou pedra de gesso

 

Ao nível da construção o gesso tem diversas aplicações. Pode ser utilizado no revestimento de interiores; no fabrico de placas de gesso cartonado, para montagem de tetos e paredes e no fabrico de artefatos de gesso como blocos de gesso e molduras. Utiliza-se a cal hidráulica em aplicações semelhantes às do cimento, que não exijam resistências mecânicas elevadas como em argamassas para reboco de paredes e alvenarias.

 

 

 

Argamassa

 

As argamassas são uma mistura de cimento, areia, água e, em alguns casos, de um outro material ( cal, saibro, barro, caulim, etc.). As argamassas, assim como o concreto, também são moles nas primeiras horas, e endurecem com o tempo, ganhando elevada resistência e durabilidade.

As argamassas têm várias utilidades:

- assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cerâmicas e tacos;

- impermeabilizar superfícies;

- regularizar, (tapar buracos, eliminar ondulações, nivelar e aprumar) paredes, pisos e tetos;

- dar acabamento às superfícies (liso, áspero, rugoso, etc.).

1-     Cimento, areia e água

Cimento é um pó fino que, em contato com a água, tem a propriedade de unir firmemente, como uma cola diversos tipos de materiais de construção. No mercado existem muitos tipos de cimento. A diferença entre eles está na composição, mas todos atendem às exigências das Normas Técnicas Brasileiras.

A areia deve ter grãos duros e precisa estar limpa, livre de torrões de barro, galhos, folhas e raízes antes de ser usada.

A água a ser utilizada deve, também, ser limpa - sem barro, óleo, galhos, folhas e raízes.

2-     Outros materiais  

Quanto maior a plasticidade das argamassas na hora do uso, maior será a sua aderência, o que é uma grande vantagem em certas aplicações. Para aumentar a plasticidade é adicionado um quarto componente à mistura. Pode ser cal, saibro, barro, caulim ou outros, dependendo da região.

 

 

Vidro

 

Atualmente, o vidro é parte integrante e fundamental do projeto arquitetônico. Faz parte da estética, e tem forte influência no conforto, na economia e na segurança de qualquer edifício. Para tanto deve-se fazer a escolha adequada do vidro em função das necessidades do projeto.

Existe no mercado um variado leque de opções com características técnicas específicas para cada uso:

Vidro Impresso:

O vidro impresso é um vidro translúcido que recebe em uma ou ambas as faces, a impressão de um desenho (padrão ou estampa). É um produto muito versátil, podendo ser utilizado monolítico, temperado, curvado, espelhado e laminado. Os vidros impressos podem ser utilizados na construção civil em janelas, portas e coberturas; na decoração de interiores em divisórias, pisos, degraus de escadas.

Vidro Refletivo:

Os vidros refletivos, também chamados de vidros metalizados, são vidros que recebem um tratamento, onde recebem óxidos metálicos, com a finalidade de refletir os raios solares, reduzindo a entrada de calor, proporcionando ambientes mais confortáveis e economia de energia com aparelhos de ar condicionado.

 Vidro Temperado:  

Vidros temperados são vidros que são submetidos a um processo de aquecimento e resfriamento rápido tornando-o bem mais resistente à quebra por impacto.

Vidro Laminado:

O vidro laminado é um vidro constituído por duas chapas de vidro intercaladas por um plástico chamado Polivinil Butiral (PVB), a principal característica desse vidro, é que em caso de quebra, os cacos ficam presos ao PVB, reduzindo o risco de ferimento às pessoas e também o atravessamento de objetos.

 


         Vidro Aramado:

O vidro aramado é composto por uma tela metálica que oferece maior resistência a perfuração e proteção pois, em caso de quebra, os cacos ficam presos na tela diminuindo o risco de ferimentos.
O vidro aramado é translúcido, proporcionando privacidade e estética ao seu projeto, ampliando o conceito de iluminação com segurança e requinte

 

Vidro Duplo ou Vidro Termo-acústico:

Os vidros duplos (ou vidros insulados) são chamados de vidros termo-acústico, pois dependendo da sua composição, podem oferecer isolamento térmico e isolamento acústico.

Vidro duplo com cristal liquido:

Vidro laminado, composto por duas chapas de vidro, incolor ou colorido, entre os quais é colocado um filme de cristais líquidos em um campo elétrico.

Quando este campo é ativado, os cristais líquidos se alinham, tornando o vidro transparente. Quando o campo magnético é desativado, o vidro passa a ser translúcido, podendo ser repetida a operação quantas vezes for desejado.

 

 


 

 

 

Produtos Cerâmicos   

 

A indústria fabrica e coloca no mercado da construção uma gama enorme de produtos cerâmicos, os quais podem ser classificados de acordo com o seguinte esquema:

Materiais cerâmicos comuns

                                                                ‹‹ materiais de louça

Materiais cerâmicos de alta vitrificação 

                                                                ‹‹ materiais de grés cerâmico

Materiais de cerâmica refratária                               

Os materiais de argila mais comuns são:

Tijolos e Blocos: São materiais que servem para dividir compartimentos ou vedá-los. Quando sobrepostos e rejuntados formam o que se chama de alvenaria ou, vulgarmente, paredes. Os blocos também podem desempenhar função estrutural, formando alvenarias portantes. Assim, existem no mercado blocos para uso de vedação e para uso portante.

Telhas: São os materiais cerâmicos usados na confecção de coberturas. Na fabricação das telhas são usados o mesmo processo e a mesma matéria-prima dos tijolos comuns. A diferença está na argila, que deve ser fina e homogênea, não só por ser a telha um material mais impermeável, dada a sua condição de uso, mas também para não provocar grandes deformações na peça durante o cozimento.

Tijoleiras: São tijolos de pequena espessura, em torno de 2 cm, empregados em pavimentação, revestimento de pisos e crista de muros. As tijoleiras são fabricadas em diversos tamanhos e formas. As mais comuns no mercado são retangulares. Existem ainda as que se destinam a arremates, tais como degrau, peitoril e pingadeira.

Ladrilhos: São materiais cerâmicos prensados a seco e cozidos a 1300 0C, com certo grau de vitrificação e espessura em torno de 5 a 7 mm. São empregados no revestimento de pisos e paredes, sendo encontrados no mercado nos mais variados formatos, destacando-se o quadrado, o retangular e o sextavado.

Materiais de Louça: Os materiais de louça caracterizam-se por sua matéria-prima quase isenta de óxido de ferro, ou seja, as “argilas brancas” (caulim quase puro), com granulometria fina e uniforme e com alto grau de compacidade e vitrificação da superfície, cujo resultado é um material que tem como característica principal a impermeabilização (absorção de água em torno de 2%). Exemplos: azulejo, louça sanitária, pastilhas.

Material de Grés Cerâmico: Os materiais de grés cerâmico são fabricados com argila bastante fusível, ou seja, com muita mica ou com 15% de óxido de ferro, e passam por um processo de alta vitrificação. A vitrificação dos materiais de argila é feita por dois processos: o primeiro consiste na sua imersão, após a primeira cozedura, em um banho de água com areia silicosa fina e zarcão. No recozimento essa mistura vitrifica-se. O segundo processo, mais comum, consiste em lançar ao forno, a grande temperatura, cloreto de sódio. Este se volatiliza, formando uma película vidrada de silicato de sódio. Exemplo: manilha.

Materiais de Cerâmica Refratários: São materiais que possuem ponto de fusão elevado e, consequentemente, não se deformam quando expostos a altas temperaturas. São feitos com argila refratária, que é uma argila mais pura, rica em silicatos de alumínio e pobre em óxido de cálcio (material expansivo) e óxido de ferro (fundente).